terça-feira, 29 de março de 2016

domingo, 27 de março de 2016

Novos Baianos - Acabou Chorare (1972)

London London - Caetano Veloso

sábado, 26 de março de 2016

Taiguara - Hoje -

Mulheres de Atenas, Chico Buarque

Chico Buarque de Hollanda - Vai passar (1984)

Chico Buarque - Construção

Cálice - Chico Buarque

GERALDO VANDRÉ - PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES

TAIGUARA - UNIVERSO EM TEU CORPO

Don't Cry For Me Argentina - Madonna

Toquinho & Gilberto Gil - Tarde em Itapoã

TOQUINHO - AQUARELA ( legendado ).

Chico Buarque - A Banda - Ilustrado

Rolling in the Deep ~ ADELE~ Lyrics

ABBA : Waterloo (German TV) HQ

Maria Callas - Ave Maria

Elton John - Goodbye Yellow Brick Road Lyrics

Andrea Bocelli conmueve al Papa Francisco al cantar Amazing Grace

ANDREA BOCELLI (HQ) AVE MARIA (SCHUBERT)

Andrea Bocelli & Sarah Brightman - Time To Say Goodbye

Christina Aguilera & Andrea Bocelli, SOMOS NOVIOS

【HD/CC】Andrea Bocelli-Jennifer Lopez "Quizas Quizas Quizas" (Lyrics) DWT...

Guantanamera CARAMEL

Johnny Cash - Man in black with lyrics

Johnny Cash - Ghost Riders in the sky (Lyrics)

The Shadows ~ Apache

San Francisco - Scott McKenzie

Bee Gees - Massachusetts

Creedence Clearwater Revival: Have You Ever Seen The Rain?

Les Humphries Singers - Jesus Christ Superstar 1971

Laibach - Jesus Christ Superstar ( Song of Judas )

sexta-feira, 25 de março de 2016

quinta-feira, 24 de março de 2016

Educação e Criminalidade, Francisco Vaz Brasil



Educação e Criminalidade
Francisco Vaz Brasil


Vem de berço. 
É algo que se aprende em casa. É através de nossos pais que aprendemos os primeiros conceitos éticos e morais. Jean-Jacques Rousseau ensinava que “a educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar, antes de entender, já se instrui”.
Nosso comportamento é moldado pela família. Educação é carinho, é aprendizado do respeito ao próximo e tudo que a ele diz respeito. Situações econômicas nos mostram que a educação tem, segundo Aristóteles, “raízes amargas, mas os seus frutos são doces”.
A verdadeira educação, a familiar, deve nos mostrar como devemos tratar os nossos semelhantes, pois, segundo Immanuel Kant, “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. Daí, sabemos que, segundo Coelho Neto, “é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais”.
Hoje assistimos políticos brasileiros discutindo a maioridade penal, reduzindo-a para 16 anos. Eu digo e repito, que o problema está na educação, ou melhor, na falta dela. Confúcio, grande mestre, há muitos anos dizia que “por natureza, os homens são próximos; a educação é que os afasta”.
A culpa de toda essa criminalidade está na educação, ou melhor, na falta dela, pois, educação é aquilo que a maior parte das pessoas recebe, muitos transmitem e poucos realmente a conquistaram. As mudanças de hábitos nas famílias, onde a economia é o cinto que aperta, produz a raiz da criminalidade.
E é bom saber que, segundo Derek Bok, “que se você acha que educação é cara, experimente a ignorância”. Educação é investimento, com retorno garantido.
Vou insistir em dizer que a educação vem de berço, da família. E grande parte da família brasileira tem falhado nesse quesito.
O que é ensinado em escolas e universidades não representa educação, mas meios para que os jovens recebam formação técnica e profissional visando o seu futuro em suas profissões.
Nesse caso, temos a educação formal e, aí entra a participação efetiva do governo, que segundo a constituição, tem o dever de prover esta educação formal.

Viva a Paz! Tatiana Belinky



Viva a Paz!
Tatiana Belinky
 


Dois gatinhos assanhados
se atracaram, enfezados.
A dona se irritou
e a vassoura agarrou!

E apesar do frio, na hora,
os varreu porta afora,
bem no meio do inverno,
com um frio "do inferno"!

Os gatinhos, assustados,
se encolheram, já gelados,
junto à porta, no jardim,
aguardando o triste fim!

De terror acovardados,
os dois gatinhos, coitados,
não puderam nem miar,
lamentando tanto azar!

Sem ouvir nenhum miado,
a dona, por seu lado,
dos gatinhos teve dó,
e a porta abriu de uma vez só!

Mesmo estando tão gelados,
os dois gatinhos arrepiados
Zás! Bem junto do fogão
surgem, sem reclamação!

E a dona comentou:
tanto faz quem começou!
Uma encrenca boba assim
bom é que tenha logo um fim!

E ela acrescentou, então,
não querem brigar mais, não?
E os gatinhos, enroscados,
esqueceram da briga, aliviados.

Confortados, no quentinho,
com sossego e com carinho,
dormem bem, bichos queridos,
já da briga esquecidos.

Tatiana Belinky, adaptadora desta cancão popular inglesa, é escritora e tradutora. Tem mais de 100 livros publicados. Em 1989, ganhou o Prêmio Jabuti por sua trajetória literária.

Vista cansada, Otto Lara Resende



Vista cansada
Otto Lara Resende



Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa idéia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

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