quinta-feira, 18 de julho de 2019


Bombas y pronombres
francisco vaz brasil

Dios mio, Dios mio,
¿porqué permites la existencia
de otros dioses,
esos que permiten a sus hijos
que aten bombas a sus cuerpos
para matarse y a sus semejantes?
¿ya no bastaba murir
“de hambre, de bala o vicio”,
Y ahora por fanatismo e intoleráncia?


Cotidiano
francisco vaz brasil

No açougue,
Ah, no açougue

As carnes, como estandartes,
Sorriem ante a agonia
Do meu bolso.
Embaixo, refiladas,
Lágrimas em barras,
- Meus olhos estupefatos
Na ente-sala
Os sócios em ócio
Discutem os preços
E os destinos
Enquanto cigarros
Criam cinzas de lembranças.
Na rua os transeuntes
Admiram as vitrines,
enquanto isso, queimam-se
os campos de trigo
inflacionando o preço do pão
há milhões de fêmeas
parindo futuros finados
[nos cemitérios somos
Pacientemente aguardados]