Em uma manhã de julho
Francisco Vaz Brasil
Nesta
manhã saí para fazer algumas compras. A manhã estava ensolarada – um sol forte,
de verão, apesar de algumas nuvens aparecerem escuras, indicando a costumeira
chuva da tarde. O dia, então se apresentava como nas primorosas descrições de
F. Scott Fitzgerald em Suave é a Noite (Tender is the Night).
Segui meu caminho cuidando para não
ser atropelado pelos vários veículos que trafegavam com velocidades diversas.
Motoristas apressados, ruas e
avenidas com extremo movimento – eles fugiam de intensos engarrafamentos da via
expressa.
Rostos tensos, preocupados. Um bom dia aqui, outro acolá.
-
Oi professor, como está? E o fim de semana? Vai à praia?
Outros sequer tinham a gentileza do
cumprimento. Continuei minha caminhada. Fiz as compras daquilo que precisava e
retornei ao meu palácio. Voltei à rua e sentei em uma calçada.
Os carros, com seus vidros
escurecidos devidamente fechados, passavam. Olhei para o alto e notei uma pipa
esvoaçante em piruetas no céu. Então divaguei entre os dias de minha infância,
quando também empinei papagaios, rabiolas. pipas e cangulas.
Meus pensamentos finalmente fugiram
dos noticiários...
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