PALAVRÓRIO
Francisco Vaz Brasil
Quando estou pra traquinagem
Eu caio na sacanagem:
Mordo rabo de fila de banco
Puxo orelha de xícara
Amarro gato em pé de mesa
Piso no pé da cadeira
Arranco o pé do chinelo
Calço sapato na cobra
Arranco os dentes do alho
Dou nó em trilho
Enfio prego sem estopa
Mijo fora do caco
Boto chifre na cabeça do cavalo
Piso nos cascos
Dou rasteira em elefante
Molho o pé da planta
Gramaticalizo o pé da letra
Fujo do pé de briga
Subindo no pé do pau
Sigo o rastro do pé da moça
Enfio o pé na poça
Fico a um pé da fossa
Ah, depois, eu pinto o sete
Saio mascando chiclete
Dou bom dia a cachorro
E vou-me embora pro sertão
E viva o pé de cabra do sertão
E viva os cabra do sertão!
E quando chego tenho a notícia
Eu caio na sacanagem:
Mordo rabo de fila de banco
Puxo orelha de xícara
Amarro gato em pé de mesa
Piso no pé da cadeira
Arranco o pé do chinelo
Calço sapato na cobra
Arranco os dentes do alho
Dou nó em trilho
Enfio prego sem estopa
Mijo fora do caco
Boto chifre na cabeça do cavalo
Piso nos cascos
Dou rasteira em elefante
Molho o pé da planta
Gramaticalizo o pé da letra
Fujo do pé de briga
Subindo no pé do pau
Sigo o rastro do pé da moça
Enfio o pé na poça
Fico a um pé da fossa
Ah, depois, eu pinto o sete
Saio mascando chiclete
Dou bom dia a cachorro
E vou-me embora pro sertão
E viva o pé de cabra do sertão
E viva os cabra do sertão!
E quando chego tenho a notícia
Que o São Francisco está secando
Os peixes estão morrendo
E isto não é nada bão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário