O
príncipe das trevas
KENNETH MAXWELL
Peter Mandelson está atarefado com a promoção de
seu novo livro: "The Third Man°-Life at the Heart of New Labour" [O
Terceiro Homem-Uma Vida no Coração do Novo Trabalhismo]. O título é tomado de
empréstimo a um "film noir" de 1949 estrelado por Orson Welles, no
papel de Harry Lime, um criminoso manipulador que trai os amigos e opera dos
esgotos de Viena.
O título remete à reputação de Mandelson como "o príncipe das trevas", em reconhecimento não muito elogioso a sua habilidade na arte da manipulação política. Extratos do livro foram publicados como série no "Times" de Londres, parte do império de mídia de Rupert Murdoch.
No comercial de TV que gravou sobre o livro, Mandelson aparece diante de um cenário jocosamente macabro, sentado em uma poltrona e vestindo um elegante paletó e uma gravata em estilo antiquado.
Mandelson, 56, foi tão responsável quanto Tony Blair e Gordon Brown pela reconstrução do Partido Trabalhista, e relata seu papel na evolução do "novo trabalhismo".
Também revela as disfunções crônicas no cerne do poder do Partido Trabalhista e critica a baixa capacidade de comunicação de Brown e seu uso de prepostos políticos para destruir os oponentes.
Depois de sua derrota eleitoral, Brown está recolhido na Escócia e vem mantendo o silêncio. As memórias de Blair devem sair em breve.
Mandelson tornou-se uma espécie de símbolo para os gays, ainda que o brasileiro Reinaldo Avila da Silva, 38, seu parceiro há muito tempo, mal seja mencionado.
Os atuais candidatos à liderança dos trabalhistas, no entanto, foram unânimes em suas críticas ao livro. O ex-secretário do Exterior David Milibrand compara a presença de Mandelson em seu comercial de TV à de Ernst Blofeld, um vilão nos filmes de James Bond. Só faltou, diz Miliband, que ele aparecesse "acariciando um gato branco".
Mandelson foi demitido duas vezes do governo de Blair. Depois, serviu em Bruxelas como comissário do Comércio da União Europeia.
Mesmo assim, em 2008, foi agraciado com um título de nobreza vitalício, como barão Mandelson, e retornou ao governo como principal assessor de Brown. Charles More, no jornal "Daily Telegraph", define o livro de Mandelson como "um manual essencial... sobre como não governar".
E Nick Cohen, no "Observer", compara o livro às gravações das conversas de Richard Nixon na Casa Branca, mostrando "um brutamontes paranoico e boca-suja, antissemita e iludido, que costumava propor as mais cruéis e revanchistas teorias de conspiração". Às vezes para Henry Kissinger. Um lembrete de que nem todos os políticos são boas pessoas.
O título remete à reputação de Mandelson como "o príncipe das trevas", em reconhecimento não muito elogioso a sua habilidade na arte da manipulação política. Extratos do livro foram publicados como série no "Times" de Londres, parte do império de mídia de Rupert Murdoch.
No comercial de TV que gravou sobre o livro, Mandelson aparece diante de um cenário jocosamente macabro, sentado em uma poltrona e vestindo um elegante paletó e uma gravata em estilo antiquado.
Mandelson, 56, foi tão responsável quanto Tony Blair e Gordon Brown pela reconstrução do Partido Trabalhista, e relata seu papel na evolução do "novo trabalhismo".
Também revela as disfunções crônicas no cerne do poder do Partido Trabalhista e critica a baixa capacidade de comunicação de Brown e seu uso de prepostos políticos para destruir os oponentes.
Depois de sua derrota eleitoral, Brown está recolhido na Escócia e vem mantendo o silêncio. As memórias de Blair devem sair em breve.
Mandelson tornou-se uma espécie de símbolo para os gays, ainda que o brasileiro Reinaldo Avila da Silva, 38, seu parceiro há muito tempo, mal seja mencionado.
Os atuais candidatos à liderança dos trabalhistas, no entanto, foram unânimes em suas críticas ao livro. O ex-secretário do Exterior David Milibrand compara a presença de Mandelson em seu comercial de TV à de Ernst Blofeld, um vilão nos filmes de James Bond. Só faltou, diz Miliband, que ele aparecesse "acariciando um gato branco".
Mandelson foi demitido duas vezes do governo de Blair. Depois, serviu em Bruxelas como comissário do Comércio da União Europeia.
Mesmo assim, em 2008, foi agraciado com um título de nobreza vitalício, como barão Mandelson, e retornou ao governo como principal assessor de Brown. Charles More, no jornal "Daily Telegraph", define o livro de Mandelson como "um manual essencial... sobre como não governar".
E Nick Cohen, no "Observer", compara o livro às gravações das conversas de Richard Nixon na Casa Branca, mostrando "um brutamontes paranoico e boca-suja, antissemita e iludido, que costumava propor as mais cruéis e revanchistas teorias de conspiração". Às vezes para Henry Kissinger. Um lembrete de que nem todos os políticos são boas pessoas.
Retirado de
http://entrelacos.blogspot.com.br/2010/07/kenneth-maxwell-o-principe-das-trevas.html
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