segunda-feira, 6 de julho de 2015

Educação e Criminalidade, Francisco Vaz Brasil



Educação e Criminalidade 
Francisco Vaz Brasil



          Sabemos que educação vem de berço. É algo que se aprende em casa. É através de nossos pais que aprendemos os primeiros conceitos éticos e morais. 
        Jean-Jacques Rousseau ensinava que “a educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar, antes de entender, já se instrui”. Nosso comportamento é moldado pela família. Educação é carinho, é aprendizado do respeito ao próximo e tudo que a ele diz respeito e dentre estes, estão nossos pais, nossos professores e todos os que nos cercam em nossos círculos de relacionamento, bem como os transeuntes e os que estão ou não ao nosso redor. 


          Situações econômicas nos mostram que a educação tem, segundo Aristóteles, “raízes  amargas, mas os seus frutos são doces”. A verdadeira educação, a familiar, deve nos mostrar como devemos tratar os nossos semelhantes, pois, segundo Immanuel Kant, “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. Para Coelho Neto, “ é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais”. 
          Hoje assistimos políticos brasileiros discutindo a maioridade penal, reduzindo-a para 16 anos. Eu digo e repito, que o problema está na educação, ou melhor, na falta dela. Confúcio, o grande mestre, há muitos anos dizia que “por natureza, os homens são próximos; a educação é que os afasta”. 

          A culpa de toda essa criminalidade está na educação, ou melhor, na falta dela, pois, educação é aquilo que a maior parte das pessoas recebe, muitos conseguem repassá-la e poucos realmente a conquistaram. As mudanças de hábitos nas famílias, onde a economia é o cinto que aperta, produz a raiz da criminalidade. E é bom saber que, segundo Derek Bok,  “que se você acha que educação é cara, experimente a ignorância”. Sabemos, todos nós, através de milhares de exemplos, que educação é investimento, com retorno garantido. Vou insistir em dizer que a educação vem de berço, da família. E grande parte da família brasileira tem falhado nesse quesito. 
        Feliz do jovem que tem uma família que o dirija, que o acompanhe, aconselhe, que esteja sempre junto, apoiando, repreendendo quando necessário.
          Feliz é a família que consegue mostrar a seus rebentos o que é a vida fora da porta de sua casa. Que consegue aconselhar a filha para que não aceite presentinhos de desconhecidos e convites para determinadas festinhas. Que fique atenta a certas amizades dos rapazes. O primeiro trago de maconha pode originar o consumo de outras drogas cada vez mais perigosas. 
          Então, da família recebe a criança recebe as primeiras letras, os primeiros conceitos e o desenvolvimento das primeiras ideias.  Estes são os trampolins para a educação formal.
          O que é ensinado em escolas e universidades não representa o complexo universo da educação, mas, meios para que os jovens recebam formação técnica e profissional visando o seu futuro em suas profissões. Nesse caso, a educação formal aí entra, e deve contar com a participação efetiva do governo, que segundo a constituição, tem o dever de prover esta educação formal.
          Pela falha familiar no acompanhamento da educação infantojuvenil, ocasionada por, principalmente motivos economicos, por necessidades trazidas pelo consumismo, e pela aproximação  de pessoas inescrupulosas, dá-se a origem da prostituição e do vício. E muitos adolescentes são levados ao mundo da criminalidade.  

          Quero externar meu repúdio a estas medidas politiqueiras de redução da maioridade penal. Eu quero ver nossas crianças andando quilometros a caminho das escolas, com seus lápis e caderninhos amassados e seus uniformes rotos E seus pais orgulhosos ao verem seus filhos aos 16 anos entrando em uma universidade!
 





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