AOS
TEUS FILHOS, PEQUENO LAVRADOR
Edmir Carvalho Bezerra
A noite se deita fatigada,
uma luz frágil no fundo,
se derrama na terra
a escuridão.
Enterraste
nos sulcos rasos
as sementes
do relâmpago.
nos sulcos rasos
as sementes
do relâmpago.
Olha,
pequeno lavrador,
como brotaram alegres os lírios,
esses que floreiam os campos.
pequeno lavrador,
como brotaram alegres os lírios,
esses que floreiam os campos.
Sei,
tu querias
a cana e o feijão,
mas os pássaros
não leem desejos.
tu querias
a cana e o feijão,
mas os pássaros
não leem desejos.
O
que ouço,
vindo de tua casa?
O choro,
de pedras minguando
sobre o pão de nuvens.
vindo de tua casa?
O choro,
de pedras minguando
sobre o pão de nuvens.
Guarda
o orvalho nos olhos,
pequeno lavrador!
o orvalho nos olhos,
pequeno lavrador!
Se a aurora
chegar mais cedo,
a manhã debulhada
receberá a chuva.
E
nascerá o pão
na tua porta,
se alimentarão
de trovões
os pés de teus filhos.
na tua porta,
se alimentarão
de trovões
os pés de teus filhos.
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