ADÓNDE ESTÃO AS MUIÉ?
Francisco Vaz Brasil
Luis Fernando, o ultra
conhecido Jumentín saiu com a esposa... Foram ao Veropa. Lá, depois de descerem
do Sacrabala e andarem comprando as coisas, separaram-se. Jumentín foi à loja
de esportes atrás de uma camisa do Xumengo e a esposa, Dona Julieta (feia de
cara, mas boa de mutreta) se meteu nas barracas de ervas medicinais, atrás de
Mucuracaá e Comigo Ninguém Pode.
O tempo vai passando e os dois um pra lá,
outro pra mais adiante. Eis que senão quando, Jumentín encontra com Zé Dentão,
um sujeito forte, bom de bola, falador e
bebedor de cerveja.
Zé Dentão também veio acompanhado da mulher, uma bela
morena oriunda lá das bandas de Oeiras
do Pará. O encontro dos dois foi uma festa! Há tempos que não se viam, desde a
época em que trabalharam juntos em uma madeireira ali de Ananindeua, a
Exportadora Perachi. Resolveram tomar uma “gelada”. Foram lá pras barracas do
Ver-o-Peso e logo pediram, também, um porção de peixe frito.
E aí sumano, acuma tá
tu? Adonde andas ó meu? (perguntou Jumentín).
E Zé Dentão logo respondeu: “Tô lá pur São
Geraldo do Araguaia, trabaiando numa serraria clandestina que eu muntei lá
adonde era a filial da Ímpar nutros tempo.
Tu tá serrano Mogno?
Que pau tu tá serrano? – perguntou Jumentín.
E Zé Dentão respondeu:
Que nada mermão... Tô serrano Teca, que eu trago lá de perto de Água Azul do
Norte...
Mar ih, rapá... Eu isquici
de minha muié... Cacete, adonde ela tá? I tu Zé? Tu perdesse tua muié tomém?
Ih, Jumentín unde será
qui ela tá? Será qui ela foi pru Xópis sem mi dizê nada?
Zé, acuma é tua muié?
Ela é bornita, arta, tá de bermudinha dhíns e uma camisetinha casi transparente
e tá cum o dinhêro das cumpra...
Ah... Râmo, Zé, vâmu
atrás de tua muié sumano!
E a tua Jumentín, quêde
ela?
Num importa Zé Dentão,
caminha hômi, disse Jumentín...
Pruquê sumano, tu tá
interessado em encuntrá a minha muié e não a tua?
- É pruquê sumano, muié fêia
e burro véio ni o duno anda atrás!
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