e nos abraçaremos órgãos sobre órgãos
e beberemos das uvas brancos vinhos
e dançaremos das músicas as mais belas.
à noite
desfilaremos motivos entre sérias conversas
desnudaremos palavras indizíveis e salivas de bem querer
e esconderemos segredos de insensatez
em ostras hermeticamente grávidas.
á noite
esqueceremos do mundo da leitura
e da leitura do mundo.
todo conhecimento será nada
e as geografias perderão paralelos e meridianos
e recitaremos (meta)poemas sob guitarras
e invadiremos as entranhas y madrugadas
d’Andaluzia y seremos imperceptíveis seres.
à noite
trocaremos de pele e explodiremos em silêncios
e, beberei da fonte de teus os lábios tresloucados besos
e ninarei teus serpênteos cabelos negros
e espalharei lágrimas em tuas entranhas prazerosas
e escreverei os mais intensos versos em teus seios
- e, ficaremos sensíveis y ternamente mudos...
por la mañana llegarón los asesinos de la Rue Morgue
y percibirán que hay una botela de vino blanco
sin una gota siquiera...
y, en esta misma mañana tendremos
otros verbos por conjugar...
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