unos versos de francisco vaz brasil
Opus i
esta
terra
é minha.
pedaço imerecido
onde planto aipim
ossos outonais
sopa do amanhã
Opus ii
meu país tem
terras roxas
tinta sangue
suor
y
lágrimas
agriculturáveis
opus iii
bloco
político
polido por
trustes y cartéis
cumpre
o doloroso
dever
de rifar
uma
sem uso
c.b.
oitenta e oito
verdadeira
raridade
# quadrilha
#
francisco
vaz brasil
Mayor mandou
dinheiro pro paraíso,
Banker fazia
lavagem,
Builder prometia
condomínios,
mas não entregava.
Judge mandava
prender;
- A TV mostrou a
novela
Lawyer recebia
seus fees
lavados em Fiscal
Paradises.
Depois de muitas
laudas
Judge mandou
soltar,
Pois as Laws não
se aplicavam
Habeas corpus,
sursis, - pouca vergonha!
E Nobody tem nada
com isso
Cancionera
Tua
presença
Minha fonte
Tua ausência
Íntima morte
A
cidade dorme
E num beijo imagina
Verdade e
salvação
Uma
criança sangra
Plasmando tierra y
flor
A mão que se
perdeu
Louvando destino e sorte
Saúda a multidão
(de famintos
& desempregados)
Vem
ó justiceiro
Parido na foz da
carne
Vem salvar esta
cidade
e renascer o
amanhã
Réquiem
d’criança
D’algum ventre surgiu
está deitada
sobre o
papelão
sob a
marquise
sob o banco
sob a chuva
y más otras
y otras
ahora son muchas
agora são
tantas
que choram
sobre
o banco da
praça;
ainda não
tomaram café
ontem, hoje -
imemorial;
e, agora
cheiram a coisa
e, também fumam baganas
ante o olhar
sereno do maior
abandonado:
até que
chegue a polícia
tudo pelo
social
pelo social,
tudo
social pelo
todo
até o que
morrer primeiro
hasta el que murir primero.
o
olho
imóvel
inalterável
parece buscar
pedaços de infinito:
no exílio dos silêncios
estamos todos
de passagem
eneros de sueños
francisco vaz brasil
quiero tener muchos eneros
para vivir muchas morenas
soy caballero errante
de muchas plagas pisadas
de cuchillo doble amolada
gitano de la vida amante
soy caballero errante
y quiero muchos eneros
para abrazar las morenitas
besar sus bocas carnudas
en las tardes más calientes
trezentas chicas morenas
rosas blancas en las manos
muchos eneros yo quiero
hasta los fines del tiempo
De(Sen)Terras
Francisco vaz brasil
eles vieram de
várias partes
de geografias várias
esgotos/pontes/campos/religiões
ilhas/reformatórios
e favelas
condominiais
alojaram-se em
frente ao palácio,
deitaram
sobre interrogações
forrando grama e
calçada
pela palavra de
ordem
da assembléia
geral
decidiram invadir
o palácio
e contestar o
poder
plantaram
paralelos de rebeldia
apontaram seus
olhos vermelhos
e seus
esquálidos dedos enrugados
sorriram
seus cariados dentes
discursaram
frases de ponta
e seus ventres
retos velavam a fome
na calçada, o
livro ideológico, aberto pelo vento,
continha em uma
página que teimava em afirmar:
no
agri-sofrimento, o futuro do país...
preferências
francisco vaz brasil
me gusto el
silêncio de la mata,
las secas hojas cayendo;
de la solitud del
rio que la vida, solenemente multiplica;
me gusta el cementério,
pues mucho saber encerra;
de la plaza
arbórea, y del aire que a mi vida perpetua;
gusto de la manga
amarilla que mi corazón ha maturado;
prefiero la índia
morena, de boca carnuda, no de yesso,
de pecho
alti-pontudo, de púbis que no es de bronce,
de su hálito de
hortelã amanecido
detesto la
intolerância
que el mundo de hoy
enseña
detesto la ignorância
de quién la nariz
me empina.
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