Parlendas & Trava-Línguas
O que são
Coletadas e adaptações por Francisco Vaz Brasil
As parlendas são versinhos com temática infantil, recitados em brincadeiras de crianças. Algumas possuem rima e, além disso, são populares entre as crianças. Muitas parlendas são usadas em jogos para melhorar o relacionamento entre os participantes ou apenas por diversão. Muitas parlendas são antigas e, algumas delas foram criadas há décadas. Elas fazem parte do folclore brasileiro, pois representam uma importante tradição cultural do nosso povo.
A finalidade da parlenda, assim como do trava-língua é entreter, divertir a criança, ensinando-lhe algo.
No interior, aí pela noitinha, naquela hora conhecida como “boca da noite”, as mulheres costumam brincar com seus filhos ensinando-lhes parlendas, brinquedos e trava-línguas. Uma das mais comuns é a que elas ensinam aos filhos apontando-lhes os dedinhos da mão, como: “Dedo mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo e mata piolho.”
O Trava-Língua é uma modalidade de Parlenda. É uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, às vezes rimada, que geralmente contam uma estória e servem para divertir crianças, adolescentes e adultos.
Todos os trava-línguas são propostos por fórmulas tradicionais, como ''fale bem depressa '', ''repita três vezes '', ''diga correndo'', e similares. O importante no trava-língua é que ele deve ser repetido várias vezes seguidas e tão depressa quanto possível. E a graça do trava-língua é fazer com que a pessoa se atrapalhe e erre o que está dizendo, pois lido de forma vagarosa, perde a graça e a finalidade.
Exemplos de Parlendas
Hoje é domingo,
Pé de cachimbo;
Pé de cachimbo;
O cachimbo é de barro
Bate no jarro
O jarro é de areia
Bate no jarro
O jarro é de areia
A areia é fina
Que limpa o sino
O sino é de prata
Que dá na barata
A barata é de ouro
Que dá no besouro
O besouro é valente
Que dá no tenente
O tenente é mofino
Que dá no menino
Que limpa o sino
O sino é de prata
Que dá na barata
A barata é de ouro
Que dá no besouro
O besouro é valente
Que dá no tenente
O tenente é mofino
Que dá no menino
O menino é fraco
Cai no buraco
O buraco é fundo
Acabou-se o mundo.
Um elefante incomoda muita gente...
Dois elefantes... incomodam, incomodam, muita gente...
Três elefantes... incomodam, incomodam, incomodam, muita gente...
Quatro elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, muito mais...
(continua...)
Cai no buraco
O buraco é fundo
Acabou-se o mundo.
Um elefante incomoda muita gente...
Dois elefantes... incomodam, incomodam, muita gente...
Três elefantes... incomodam, incomodam, incomodam, muita gente...
Quatro elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, muito mais...
(continua...)
Chuva e Sol,
Casamento de espanhol.
Sol e chuva,
Casamento de viúva.
Casamento de espanhol.
Sol e chuva,
Casamento de viúva.
- Enganei um bobo...
Na casca do ovo!
Na casca do ovo!
Uma pulga na balança
Deu um pulo
E foi à França
Deu um pulo
E foi à França
Rei, capitão,
soldado, ladrão.
moça bonita
do meu coração
soldado, ladrão.
moça bonita
do meu coração
Dedo mindinho
seu vizinho,
maior de todos,
fura-bolo,
cata-piolho.
seu vizinho,
maior de todos,
fura-bolo,
cata-piolho.
- Cadê o toicinho daqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
Cadê o fogo?
A água apagou.
Cadê a água?
O boi bebeu.
Cadê o boi?
Foi amassar trigo.
Cadê o trigo?
A galinha espalhou.
Cadê a galinha?
Foi botar ovo.
Cadê o ovo?
O padre comeu.
Cadê o padre?
Foi rezar a missa.
Cadê a missa?
Já se acabou!
O gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
Cadê o fogo?
A água apagou.
Cadê a água?
O boi bebeu.
Cadê o boi?
Foi amassar trigo.
Cadê o trigo?
A galinha espalhou.
Cadê a galinha?
Foi botar ovo.
Cadê o ovo?
O padre comeu.
Cadê o padre?
Foi rezar a missa.
Cadê a missa?
Já se acabou!
Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis.
Tá com frio?
Toma banho no rio!
Tá com calor?
Vai banhar de regador!
Toma banho no rio!
Tá com calor?
Vai banhar de regador!
Trava-línguas
O pelo do pé de Pedro é preto.
Casa suja, chão sujo.
O tempo perguntou ao tempo
qual é o tempo que o tempo tem.
O tempo respondeu ao tempo
que não tem tempo pra dizer ao tempo
que o tempo do tempo
é o tempo que o tempo tem.
Atrás da pia tem um prato,
tem um pinto e tem um gato
Pinga a pia, apara o prato,
pia o pinto e mia o gato.
Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E o papo soltando vento.
Um ninho de mafagafo
tem sete mafagafinhos
Quem desmafagaguifá
Bom desmafagaguifador será.
tem um pinto e tem um gato
Pinga a pia, apara o prato,
pia o pinto e mia o gato.
Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E o papo soltando vento.
Um ninho de mafagafo
tem sete mafagafinhos
Quem desmafagaguifá
Bom desmafagaguifador será.
Debaixo da cama tem uma jarra.
Dentro da jarra tem uma aranha.
Tanto a aranha arranha a jarra,
Como a jarra arranha a aranha.
Dentro da jarra tem uma aranha.
Tanto a aranha arranha a jarra,
Como a jarra arranha a aranha.
Chega de cheiro de cera suja!
Um prato de trigo para um tigre, dois pratos de trigo para dois tigres, três pratos de trigo para três tigres...
Um prato de trigo para um tigre, dois pratos de trigo para dois tigres, três pratos de trigo para três tigres...
Tecelão tece o tecido
Em sete sedas de Sião
Tem sido a seda tecida
No tear do tecelão
Em sete sedas de Sião
Tem sido a seda tecida
No tear do tecelão
O seu Tatá tá?
Não, o seu Tatá não tá,
Mas a mulher do seu Tatá tá.
E quando a mulher do seu Tatá tá,
É a mesma coisa que o seu Tatá tá, tá?
Não, o seu Tatá não tá,
Mas a mulher do seu Tatá tá.
E quando a mulher do seu Tatá tá,
É a mesma coisa que o seu Tatá tá, tá?
GATO ESCONDIDO
COM RABO DE FORA
TÁ MAIS QUE PERDIDO
QUE RABO ESCONDIDO
COM GATO DE FORA.
O rato roeu a roupa
do rei de Roma
e a rainha, de raiva,
remendou o que restou
COM RABO DE FORA
TÁ MAIS QUE PERDIDO
QUE RABO ESCONDIDO
COM GATO DE FORA.
O rato roeu a roupa
do rei de Roma
e a rainha, de raiva,
remendou o que restou
Bão, babalão,
Senhor Capitão,
Espada na cinta,
Ginete na mão.
Em terra de mouro
Morreu camarão,
Cozido e assado
No seu caldeirão
A aranha arranha a rã.
A rã não arranha a aranha.
Fontes consultadas:
www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/
br.answers.yahoo.com/question/index
www.qdivertido.com.br/verfolclore.php
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