sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

El inmortal J.M. Coetzee, Juan Mireles



El inmortal J.M. Coetzee
[Juan Mireles]



Escenas de una vida de provincias son las memorias noveladas del escritor sudafricano y ganador del Premio Nobel de Literatura en el año 2003, J.M. Coetzee. El libro se compone de 3 obras: “Infancia”, “Juventud” y “Verano” (escritas con anterioridad), que en conjunto consiguen ser una obra monumental, nunca mejor aplicado el término: una obra maestra.

No hay temor en decir que Coetzee consigue una prosa magnífica, allí nada sobra ni nada falta, la comunión entre lo que quiere decir y dice es perfecta.
El movimiento en cada una de las líneas escritas en la obra está en armonía, se adecuan al tema que está tratando. No teme ni duda al desahogarse de su vida en cada página, y entonces la obra crece, porque dentro de la ficción, que él deja entrever puede existir, está una vida de nube negra que contiene su agua para no mostrarse de una manera fácil, burda, vulgar o incluso cursi. Se narra y es implacable en todos los escenarios done sitúa al lector: permite y quiere que el lector vea la vida de un hombre en constante lucha por lograr un poco de poesía, de abstracción, de huirse a otro mundo porque éste le parece tan carente de muchas cosas; los actos sexuales son un escape, un pedazo de algo que no termina por llenar sus vacíos. Para él su padre, madre y en general su familia, son el mundo que no le produce nada, el que habita de mala gana, con el que convive porque no le queda de otra. 

En su prosa hay dureza, pero con esto no quiero decir que en ella habite rigidez alguna, por el contrario, siempre va y ve al frente, buscándose; parecería que el autor estuviese escribiendo la obra para encontrar qué falló con él, por qué del menosprecio constante que tiene hacía el mismo, por qué de ese dejo de infelicidad en todo lo que hace; y lo encuentra, el fallo. Coetzee es capaz de hallar, entre todas sus ganas por mostrarse como un tipo sin rumbo, sin éxito y sin suerte, al verse frente a él en las líneas, su respuesta, y de paso, al lector que lo ve desde lejos, desnudo.

No hay en Coetzee vanidad, no hay ganas por victimizarse, simplemente se presenta y al hacerlo es espejo de muchos, pues ahí se verán reflejados, y con ellos su profecía, que puede ser poética al final de cuentas, vista al tiempo y de lejos; sin embargo, para llegar al final se tendrá que padecerla, sufrirla, después de todo como el mismo Coetzee entiende el tema: la poesía nace del sufrimiento.

J.M. Coetzee es un escritor que no le pide nada a nadie, que eclipsa; autor que abarca siglos, que hace ver fácil el terreno de la escritura, pues en la simpleza de su gran prosa se ve el talento, los años, las herramientas de un escritor dentro del tiempo, no del tiempo encasillado, no del reloj y sus horas, sino de esa sustancia donde todo ocurre y muere en el mismo instante.

Coetzee nos lleva a reflexionar, tácitamente, si vale la pena seguir gastando tinta para escribir una línea más, si ya no se puede mejorar lo inmejorable.


Escenas de una vida de provincias

Editorial: Mondadori.

Primera Edición en España, junio, 2013.

Juan Mireles - Escritor (Estado de México, 1984) y director editor de la revista literaria independiente Monolito (México). Ha sido publicado en la revista española Palabras Diversas (España), Letralia (Venezuela). Cronopio (Colombia), Cuadrivio (México), Punto en línea (UNAM. México), Radiador Magazine (México). Revista Biografía (Brasil), Cinosargo (Chile), La ira de Morfeo (Chile-Argentina); Agrupación Puerta Abierta Chile-México. Letras de parnaso (España), Nagari (EUA), Los sábados, las prostitutas madrugan mucho para estar dispuestas (España). Almiar (España). Suicidas sub 21 (Perú); suplemento cultural La Jirafa del Diario Regional de Zapotlán, Jalisco. La pluma afilada (España). Prologó el libro Job aterdio del escritor español Javier Sachez. Editorial Seleer. España. 2012. Participó con el ensayo “La violencia como producto de la sociedad” en el Segundo Encuentro de Escritores por Ciudad Juárez, simultáneo Colima. Formó parte del jurado del I Premio palabra sobre palabra de poesía. Blog personal: http://wwwjuanmireles.blogspot.mx/

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Oscar Wilde [Escritor Irlandês] - sociedadedospoetasamigos



Oscar Wilde
[Escritor Irlandês]


Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde, ou simplesmente Oscar Wilde (Dublin, 16 de outubro de 1854 — Paris, 30 de novembro de 1900) foi um escritor irlandês. Depois de escrever de diferentes formas ao longo da década de 1880, ele se tornou um dos dramaturgos mais populares de Londres, em 1890. Hoje ele é lembrado por seus epigramas e peças, e as circunstâncias de sua prisão, que foi seguido por sua morte precoce.
 
Oscar Fingall O'Flahertie Wills Wilde, um dos maiores escritores de língua inglesa do século 19, tornou-se célebre pela sua obra e pela sua personalidade. Sofisticado, inteligente, dândi, adepto do esteticismo (da "arte pela arte"), escreveu contos ("O Crime de Lord Arthur Saville"), teatro ("O Leque de Lady Windermere"), ensaios ("A alma do homem sob o socialismo"), e romances ("O Retrato de Dorian Gray").

Oscar Wilde era filho de um médico, Sir William Wilde e de uma escritora, Jane Francesca Elgee, defensora do movimento da Independência Irlandesa. Desde criança Oscar Wilde esteve sempre rodeado por grandes intelectuais. Criado no protestantismo, destacou-se nos estudos das obras clássicas gregas e no conhecimento dos idiomas.

Em 1882, foi convidado para ir aos Estados Unidos para falar sobre o seu recém criado Movimento Estético, com as idéias de renovação moral. Defendia o "belo" como única solução contra tudo o que considerava denegrir a sociedade. Esse movimento visava transformar o tradicionalismo na época Vitoriana, dando um tom de vanguarda às artes.

No ano seguinte foi para Paris, e, n contato com o mundo literário francês, seu movimento acabou por enfraquecer-se. Em seguida, retornou para a Inglaterra, onde se casou com Constance Lloyd e foi morar em Chelsea, um bairro de artistas. O casal teve dois filhos, mas mesmo após o casamento, Oscar continuou freqüentando todas as rodas literárias, espalhando glamour e comentários nos eventos sociais em que comparecia, sempre elegante e extravagante.



Em 1880 lançou "Vera", um texto teatral bem sucedido. Chegou a ter três peças em cartaz simultaneamente nos teatros ingleses.Em seguida publicou uma coletânea de poemas. Em 1887 e 1888, seu período mais produtivo, lançou vários contos e novelas, como "O Príncipe Feliz", "O Fantasma de Canterville" e outras histórias.

Em 1891, lançou sua obra prima, "O Retrato de Dorian Gray", que retrata a decadência moral humana. No entanto, no seu apogeu literário, começaram a surgir os problemas pessoais. O que antes eram boatos quanto a uma suposta vida irregular, passaram a se concretizar, dando início á decadência pessoal do escritor. Apareceram rumores sobre seu homossexualismo, (severamente condenado por lei na Inglaterra), que não puderam mais serem negados. Oscar se envolveu com Lord Alfred Douglas (ou Bosie), filho do Marquês de Queensberry, que sabendo do relacionamento, enviou uma carta a Oscar Wilde, no Albermale Club, onde o ofendia e recriminava já no sobrescrito: "A Oscar Wilde, conhecido Sodomita".

 O escritor decidiu processar o Marquês por difamação. Depois tentou desistir do processo, mas era tarde demais e as provas da sua vida sexual desregrada começam a aparecer. Um novo processo contra ele foi instaurado. Sua fama começou a desmoronar. Suas obras e livros foram recolhidos e suas comédias retiradas de cartaz. O que lhe restava foi leiloado para as despesas do processo judicial. Acabou passando dois anos na prisão, que lhe renderam obras comoventes como "A Balada do Cárcere de Reading" (1898) e "De Profundis", uma longa carta ao Lord Douglas.

Ao sair da prisão, retirou-se para Paris, onde adotou o pseudônimo de Sebastian Melmouth e onde passou o resto dos seus dias, em hotéis baratos, embriagando-se com absinto.



Os últimos anos 

Passou a morar em Paris e a usar o pseudônimo Sebastian Melmoth. As roupas tornaram-se mais simples, e o escritor morava em um lugar humilde, de apenas dois quartos. A produtividade literária é pequena.

O fato histórico de seu sucesso ter sido arruinado pelo Lord Alfred Douglas (Bosie) tornou-lhe ainda mais culto e filosófico, sempre defendendo o amor que não ousa dizer o nome, definição sobre a homossexualidade, como forma de mais perfeita afeição e amor.

Oscar Wilde morreu de um violento ataque de meningite (agravado pelo álcool e pela sífilis) às 9h50 do dia 30 de novembro de 1900.


Em seu leito de morte Oscar Wilde foi aceito pela Igreja Católica Romana e Robert Ross, em sua carta para More Adey (datada de 14 de Dezembro de 1900), disse: Ele estava consciente de que havia pessoas presentes, e levantou sua mão quando pedi, mostrando entendimento. Ele apertou nossas mãos. Eu então fui enviado em busca de um padre, e depois de grande dificuldade encontrei o Padre Cuthbert Dunne, que foi comigo e administrou o Batismo e a Extrema Unção — Oscar não pode tomar a Eucaristia.

Wilde foi enterrado no Cemitério de Bagneux fora de Paris, porém mais tarde foi movido para o Cemitério de Père Lachaise em Paris.7 Sua tumba em Père Lachaise foi feita pelo escultor Sir Jacob Epstein, à requisição de Robert Ross, que também pediu um pequeno compartimento para seus próprios restos. Seus restos foram transferidos para a tumba em 1950.

O pessimista é uma pessoa que, podendo escolher entre dois males, prefere ambos.

"Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo."



"É absurdo dividir as pessoas em boas e más. As pessoas ou são encantadoras ou são aborrecidas."


"A vida obriga-nos a pagar demasiado caro o que nos oferece, e o mais insignificante dos segredos deve ser comprado por um preço exorbitante e infinito."


"Os ideais são coisas perigosas. É muito preferível o confronto com as realidades. Estas ferem, mas são muito melhores."


Fonte:


Oscar Wilde
Todos os direitos autorais reservados ao autor.


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SE NÃO ME FALHA A FALHA MEMÓRIA, Elias Ribeiro Pinto



SE NÃO ME FALHA A FALHA MEMÓRIA
Elias Ribeiro Pinto


COLUNA DESTA QUARTA (28/1/15)
NO JORNAL DIÁRIO DO PARÁ

Saudades do Haroldo Maranhão, do Benedito, Max, Ruy, do Luiz C., Nicolau, Raimundo, da Iraci, do Thadeu, do Roberto Jares, Lima. Tantos mais.

1 É como eu costumo dizer: foi assim, se não me falha a falha memória. Que ela, a memória, já traz acoplada sua negação, a falha, a lacuna, a falta de memória. É possível que desde sempre ela nos falhe. Ou seja, desde que passamos a ter memória.

2 A infância é, praticamente, um buraco negro nesse rol de acontecidos. As recordações que dela trazemos nos afloram em curtos-circuitos. É o sabor de um sorvete perdido na manhã dos tempos; um presente de aniversário, daqueles de dar corda, que vive a girar em nossas lembranças, aos solavancos, aos trancos, barrado em seu curso mecânico pelo pé de um armário largado no sótão das reminiscências.

3 É quando vem um Freud e nos arranca temores, traumas e complexos que julgávamos condenados às catacumbas do oblívio emaranhado em teias de aranha. E de lá, do porão dos lapsos, do rio do esquecimento, esse Letes guajarino, emergem os medos para nos assombrar à luz da manhã presente, como um monstro, não do lago Ness, mas do Guamá, do Tapajós, do Capim, do Tocantins, da foz amazônica para onde se abre tua janela marajoara, à frente da qual dispões uma cadeira de balanço que ficará bucolicamente enquadrada na postagem do Facebook.

4 É para isso, para avivar as recordações esmaecidas, para acordar os remotos da alma, que nos servem os antigos álbuns de família, aqueles que traziam as fotos encaixadas em molduras acartonadas, delicadas, cada página separada por papéis transparentes, acetinados. Vendo, revendo essas fotos, recompomos parte do quebra-cabeça de nossas vidas antepassadas, antevistas da esquina dos dias que vamos vivendo.

5 Hoje, na era dos selfies, em que cada sorriso é um flash, uma postagem, a vida é sofregamente compartilhada nas redes sociais. No entanto, ainda não dispomos do necessário distanciamento no tempo que nos permita avaliar o real significado desses registros que se sucedem vertiginosos. É tudo vivido no instantâneo, no solúvel, no dissolúvel. Nem mesmo as centenas de fotos armazenadas no celular estão imunes à perda. Basta que um ladrão nos leve o aparelho, “deletando-nos” o álbum eletrônico.

6 Falta a solenidade do álbum de fotos “impressas”. E o sabor, ou melhor, o olfato, o perfume evocativo de uma página de Proust a nos restituir a eterna busca do tempo perdido, o leitor em seu papel de Sísifo, tantalizando o que poderia ter sido e não foi. E o que foi mas não se cumpriu, anel de vidro que se quebrou.

7 Depois da infância, a segunda infância, a adolescência, o inaugurar-se adulto, a universidade, o trabalho, o jovem senhor, o senhor, a madureza e a fronteira da anunciada terceira idade a dois (cambaleantes) passos.
No entremeio disso, as saudações bacantes. A amnésia alcoólica. A anamnese. Anamnésia. Daí a importância dos amigos com os quais você dividiu noitadas. Sonhos. Projetos. Vivências. Mas já se contam além dos dedos das mãos os companheiros (e os comissários) que tombaram pelo caminho. Vítimas da aids. Do infortúnio. Dos baratos afins. Da morte repentina. Da indesejada das gentes que lhes chegou, precoce.

8 Na dúvida se foi assim ou assado, você pensa no amigo, testemunha dos tempos pretéritos, que lhe trará (ou não) o endosso do transcorrido – mas este amigo, ocorre-lhe, ó dor, ó vida (como diria aquela raposa deprimida, ou sei lá que bicho é, amiga do leão da montanha), já não está entre nós.

9 E assim a memória dos dias, rodopiantes dias, nos vai deserdando. Saudades do Haroldo Maranhão, do Benedito, Max, Ruy, do Luiz C., Nicolau, Raimundo, da Iraci, do Thadeu, do Roberto Jares, Lima. Tantos mais.

10 Assim deserdados, quando os fatos nos faltam, a memória dos fatos, o compartilhamento do vivido, o escasso registro da biografia, vamos ficando com a lenda. Que se publique a versão.

https://www.facebook.com/elias.ribeiropinto/posts/10203673595942072