quinta-feira, 18 de julho de 2019


Bombas y pronombres
francisco vaz brasil

Dios mio, Dios mio,
¿porqué permites la existencia
de otros dioses,
esos que permiten a sus hijos
que aten bombas a sus cuerpos
para matarse y a sus semejantes?
¿ya no bastaba murir
“de hambre, de bala o vicio”,
Y ahora por fanatismo e intoleráncia?


Cotidiano
francisco vaz brasil

No açougue,
Ah, no açougue

As carnes, como estandartes,
Sorriem ante a agonia
Do meu bolso.
Embaixo, refiladas,
Lágrimas em barras,
- Meus olhos estupefatos
Na ente-sala
Os sócios em ócio
Discutem os preços
E os destinos
Enquanto cigarros
Criam cinzas de lembranças.
Na rua os transeuntes
Admiram as vitrines,
enquanto isso, queimam-se
os campos de trigo
inflacionando o preço do pão
há milhões de fêmeas
parindo futuros finados
[nos cemitérios somos
Pacientemente aguardados]


quinta-feira, 6 de junho de 2019

Trovas & Quase trovas, francisco vaz brasil



                                  

                               Trovas & Quase trovas,  
                                     francisco vaz brasil

                                 Fui visitar um shopping
 agora eu sei o que lá tem
tem muita gente bonita
e no bolso nenhum vintém...

tu pensas que me enganas
és alma sem coração
não sejas pia de igreja
onde todos lavam a mão


muié feia e burro velho
são fontes de desenganos
eu gosto é de galopar
e de velhas de vinte anos...

quando voltamos do banho
na praia de Marudá,
eu parecia faminto
e tu me deste uma banana
- te convidei pra casar


um dia te vi na praia
tão linda, de pernas pra fora
naquele momento pensei
- meus pais ganharam uma nora


Quem quiser ter vida longa
Não faça compra em feira
Fuja de jogo do bicho,
De gente feia e fofoqueira...


Eu pensei em nunca mais
Acenar adeus pra ninguém
Quem vai saudades leva,
Pra quem fica a saudade vem...




"O que tu chamas de paixão
É tão somente curiosidade
E os teus desejos ferventes vão
Batendo nas asas da irrealidade"



Es preciso reinventar el hombre 


el mundo está muy cambiado 
y con él, el hombre
y las rosas ya no son rosas
son de plástico – flores atônitas
seres atómicos, rosas químicas

hoy el hombre muere 
no solo por câncer o neumonía
no más por el amor o sida,
pero y principalmentepor su intolerância

es preciso urgentemente cambiar 
el rumbo del mundo 
es necesário reinventar el amor
es preciso recrear el hombre